22 de agosto de 2009

2 minutos

Silenciar o olhar. Cegar a voz.

Alterar-te os sentidos numa tentativa inútil de fazer-te voltar a não teres sentido. Inverter o tempo sobre os eixos em que rodopiamos entre esquivos descomprometidos, ignorando a gravidade que nos atrai, contra vontade, para fora da realidade paralela que criamos sobre aquela já lotada da ausência de alternativas.
Projectar as notas das músicas que fizemos nossas sem permissão nem concordância proferida, no vazio que cuidadosamente alimentamos para libertar depois a imaginação que nos repele para fora de nós.

Silenciar, entretanto.

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