9 de junho de 2009

Desmaterialização do Tempo

É aquando da ausência de tempo, que encontro as memórias de Ti. Que pertencem apenas, e sempre, a esse espaço atemporal.
É na desmaterialização do tempo e no despojo do espaço que choco com o que vais sendo, entre parênteses rectos e reticências compassadas por parágrafos em branco. Que faço questão de romper com o silêncio que te pena todas as perguntas que não sabes fazer. Todas as respostas que queres dar.
São os intervalos dolorosos, do ver-Te apenas no particípio do passado do que é Esquecer voluntariamente, para que o Presente que trazes seja sempre conjuntivo, pelo facto de mo dares sem o ter.
Finjo. Desmaterializar o nexo inexistente do teu ser, que não é mas vai sendo, a escrita que corrói a história mais-que-perfeita dos parágrafos nulos e do silêncio mudo da minha compreensão.
Finjo-Te na pressa: sem tempo, sem espaço.
Finjo. Desmatrializo.

2 comentários:

  1. Cada palavra é inteligente e íntegra.
    Está tudo tão racional que é agradável :]
    Gostei imenso , sabes bem*

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  2. Mas é o tempo que quantifica, e a alma que o qualifica, teis a alma vazia de respostas, mas preenchida pela magia por vezes dolorosa das perguntas feitas em memória, e quando esqueceres a razão deste teu texto, não poderás escreve-lo com tanta paixão.

    Uma pessoa que por um acaso temporal se cruzou agradavélmente no teu blog quando pesquisava termos relacionados com o tempo e encontrei.....atemporal é essa palavra, lol

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