30 de maio de 2009

Desconexo

[Em Tempo e espaço, indefinidos. Com personagens mais fictícias que as Reais:]
É esta uma boa disposição, que o senso comum chamaria de mórbida, mas por ser eu desprovida de tal, graças a Mim e ao Esforço para nunca contrariar essa vontade, esta é apenas A boa disposição que [re]conheço.
E é num cravar de unhas no teu corpo e num rasgar lento da tua dor e do meu prazer, que digo…

Apetece[!]-me.

Que o céu não seja tão azul ou que seja como o azul que me deram a conhecer. Não assim.
E é num aguçar desse lado sádico, demasiado extenso para haver espaço para masoquismos, que sei…
A monotonia das rotinas de Primavera, animam-lhes o tédio, Enquanto cresce o verbo da minha boa-disposição, pronto a ser conjugado num tempo desconhecido.
E é então que penso...
Apetece[!]-me!

26 de maio de 2009

Transição de Recuos

Segue-se:
Um sentimento, transformado em estados de espírito, sem alma.
Uma apatia ao presente, causada por um odor passado, que não foi.
Uma memória, de um futuro impedido por um destino inexistente pela lógica e razão de um mundo que gira ao avesso.

*

[Essa Vida é um ciclo vicioso feito de vícios encobertos por hábitos corrompidos por uma rotina, Desregular!]


*

Passavam jangadas nas quais, inutilmente, queriam transportar, barris de esperança polvorosa. Mas as tábuas eram já desunidas, nas ondas de um mar feito todo remoinho, sem epicentro.
Desunidas! Por pregões, em vozes marteladas pelo tempo. Em tempo corpos, hoje grunhidos de crenças sem fé.
Tão Homens. Tão gente.
*

[Essa Vida é uma constante passagem de acontecimentos alheios, por detrás de um vidro, que separam os mundos!]

*

Flutuavam numa espécie de rastejo, por não haver força para rastejar novamente a calçada.Numa sinestesia de Antíteses, flutuavam, com veias e artérias de sangue ressequido, que lhes congestionavam os pulmões. Sem fôlego, continuavam a pregar. Continuavam a desunir.
Tão Homens. Tão gente!

*

[Essa Vida, é ver sem som numa ilusória despersonalização da loucura!]

Seguia-se:…