- Porquê?
- Nunca foste mais que uma pequena extensão de mim.
(Pausa)
- Queres convencer-me que não existo além de ti?
- Não. Não existes além da minha imaginação, e esta não me pertence.
(Pausa)
- És uma pequena extensão de mim.
(Pausa)
- Pesas-me demasiado. Desculpa ter-te imaginado tanto, juro que foi sem querer.
[Silêncio]
- Porquê?
- Não sei. Na verdade não sei querer saber, pois a incerteza anima-me o tédio.
- Isso é viver?
(Pausa)
- Não sei. (Penso: e que [me] importa isso?)
(Pausa)
-Não existes. Desculpa.
[Criado em Agosto de 2008 e publicado no, já extinto, Fragmentos]